2022 é o ano do retorno. Após vinte e dois anos do desaparecimento do último exemplar de vida livre, em 11 de junho de 2022 as primeiras Ararinhas-azuis foram reintroduzidas!
O método de reintrodução utilizado é conhecido como soltura branda, no qual os animais passam de 3 a 4 meses no recinto de soltura para se preparem para ganhar a liberdade. Lá aprendem a se esconder de predadores e treinam a musculatura de voo.
Um grupo de maracanãs é mantido no recinto de soltura, elas atuam como tutoras das ararinhas. Observando o comportamento das maracanãs, as ararinhas aprendem como reagir a presença de predadores e onde encontrar comida.
As portas do recinto são abertas e as aves, equipadas com rastreadores para monitoramento, aos poucos saem e começam a ganhar o céu da caatinga.
As ararinhas ganharam o céu da caatinga, voaram por todos os lados, explorando de norte a sul de Curaçá, visitaram Pau-de-colher, Caraíbas, Humaitá, Melancia e Pereira.
Aprenderam onde comer, dormir e fugir de predadores. Mas ao explorar sua liberdade nem todas voltaram, algumas predadas por aves rapinantes outras perderam o caminho de casa e não voltaram mais.
Mas o mais importante é que elas se reproduziram!
Em 2023, nasceram as primeiras ararinhas-azuis em vida livre na caatinga, infelizmente os pais ainda muito novos não conseguiram cuidar delas.
Na estação reprodutiva seguinte, outras 3 nasceram e mais 2 filhotes na temporada 2024/2025.
Hoje 11 ararinhas azuis voam livres por Curaçá. 9 adultos soltos em 2022 e dois filhotes nascidos em vida livre.